São Paulo, domingo, 11 de setembro de 1994 |
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"Roma" inventa o moderno
INÁCIO ARAUJO Em 1944, naufraga o fascismo e os alemães tratam de tomar conta da Itália. Em Roma, os resistentes combatem os nazistas. Rossellini filma a história desses personagens sem dar ênfase a suas tragédias pessoais, sem investir no sentimentalismo. Usa poucos atores profissionais, procura cenários reais, trabalha com planos longos. Mas no filme inaugural do neo-realismo o que conta acima de tudo é a precisão do cineasta católico: nada que seja essencial fica de fora. Nada entra que não seja absolutamente essencial. Pode-se discutir se Rossellini faria melhor ou não no futuro. Mas aqui quem trabalha é um dos inventores do moderno, no momento de sua invenção. (Inácio Araujo)ROMA, CIDADE ABERTA (Roma, Città Aperta). Itália, 1945, 94 min. Direção: Roberto Rossellini. Com Anna Magnani, Aldo Fabrizi. Em preto-e-branco. Legendado. Na Cultura. Texto Anterior: Olhar formal sobre São Paulo Próximo Texto: Otávio assombra vida de Téo e Diná; Natália ameaça desmascarar Lídia Índice |
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