São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 1994
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Exposição abre ciclo de debates em museu

VICTOR AGOSTINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A nova geração de arquitetos paulistanos ainda tem como forte referência os velhos mestres, mas está buscando a simplicidade em seus projetos.
Isso fica claro na exposição que abre hoje o ciclo de debates "De São Paulo: Novas Arquiteturas", no Museu da Casa Brasileira.
Nos 15 trabalhos selecionados para ilustrar a mostra de jovens arquitetos (profissionais com 30 anos em média), não há unidade nos projetos. O que existe é uma procura maior e generalizada pela utilização de cores e de materiais mais "singelos", como telhas de barro, blocos de vidro, cerâmicas e tijolos.
Esse novo caminho pode representar o início de um rompimento com o concreto aparente que dominou a paisagem urbana dos últimos 30/40 anos.
"É uma espécie de regionalismo crítico, sem preconceitos, mas também sem a pieguice do folclore e do primitivismo", como define Carlos Bratke, diretor do Museu da Casa Brasileira.
Na opinião do arquiteto Marcio Mazza, coordenador dos debates, a nova geração ainda se apóia em nomes referenciais da arquitetura brasileira, como Paulo Mendes da Rocha, Villanova Artigas, Joaquim Guedes, Lina Bo Bardi, Siegbert Zanettini ou Walter Toscano.
Os debates vão acontecer todas as terças até o dia 29 de novembro, sempre às 19h30. O Museu da Casa Brasileira fica à avenida Brigadeiro Faria Lima, 774, Pinheiros (zona oeste).

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