São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 1994 |
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CBF não vai punir o Vasco pelo tumulto no jogo contra o Santos
DA SUCURSAL DO RIO E DA AGÊNCIA FOLHA A CBF decidiu não punir o Vasco com a perda de mando de campo por causa da agressão de torcedores vascaínos contra santistas no jogo de anteontem em São Januário (zona norte do Rio).A decisão da confederação não deverá ser anunciada logo. A estratégia é ganhar o máximo de tempo, à espera da súmula do árbitro e de relatórios da Polícia Militar e do delegado do jogo, Eduardo Viana, presidente da Federação do Rio. O diretor-técnico da CBF, Gilberto Coelho, demonstrou ontem pouca disposição em vetar o estádio do Vasco. No intervalo do jogo de domingo, torcedores santistas foram acuados pelos vascaínos e tiveram de fugir pelo gramado. Houve feridos e depredação de instalações do estádio durante os conflitos. Coelho classificou a briga como "policial", já que não houve "árbitros, atletas ou dirigentes lesionados". Ele disse que, antes de se decidir, analisará a súmula do árbitro pernambucano Wilson Mendonça e o relatório de Viana, tradicional aliado do Vasco nos bastidores do futebol carioca. A súmula deverá chegar à CBF no máximo até amanhã. Coelho disse que enviará um ofício à PM pedindo informações sobre a briga. "A polícia foi omissa", disse ontem à Folha o diretor-jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes. Amanhã, a Comissão Disciplinar da CBF se reúne para analisar o caso. O comandante do Quarto Batalhão de PM, tenente-coronel Jairo Cordeiro, disse que havia 40 homens no estádio. O número, segundo ele, é suficiente para garantir a segurança dos cerca de 5.000 torcedores presentes. "O problema é que fomos informados que não havia rivalidade entre as torcidas. Em casos assim, é difícil dizer quem começou a briga. Há provocações de parte a parte", disse. Os 11 feridos medicados no hospital Souza Aguiar após o jogo já foram liberados. Os torcedores do Vasco temem que os santistas tentem se vingar no próximo fim-de-semana, contra o Guarani, em Campinas. A diretoria santista tentará a anulação do resultado do jogo, alegando que o juiz esperou mais do que o devido –cerca de 50 minutos– para reiniciar o jogo. "O máximo que ele poderia ter aguardado era 30 minutos", afirmou o presidente Miguel Kodja Neto. Texto Anterior: Palmeiras vai à Justiça contra Mancha Verde Próximo Texto: Fla joga na Supercopa contra Estudiantes Índice |
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