São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 1994 |
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Fenaban orienta bancos a pagar os 11,87%
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Para Tápias, os sindicalistas brasileiros deveriam se limitar à defender seus associados. "Hoje há uma mistura de interesses políticos e sindicais", afirmou. Segundo ele, "não há clima para paralisação nas agências bancárias." Na negociação com os bancários, que acontece hoje, Tápias disse ser difícil discutir a manutenção do nível de emprego. O presidente da Fenaban afirmou que a greve dos metalúrgicos do ABCD acontece em ambiente completamente diferente do vivido pelo sistema financeiro. "As montadoras estão vendendo mais e até contratando." Além disso, afirmou, os metalúrgicos tiveram reajuste de 19% na data-base deles, em abril, e os bancários têm data-base em setembro. Tápias disse que até o final do ano será definido quais os cortes de pessoal necessários para que o sistema financeiro se ajuste à nova situação, pós Plano Real. "Com certeza precisaremos de menos gente do que tínhamos antes de julho", afirmou. Hoje, segundo ele, os bancos "estão praticamente parados e os bancários estão percebendo isso". Houve, de acordo com cálculos da Fenaban, uma redução de 20% a 30% no movimento bancário após o real. "Com a economia estável, as pessoas carregam dinheiro no bolso e não precisam ficar indo ao banco toda hora para se defender da inflação." Tápias acredita que, no entanto, só depois que as regras para o recolhimento compulsório do dinheiro captado pelos bancos forem relaxadas pelo Banco Central é que será possível calcular o ajuste necessário, o que, segundo ele, deve acontecer até o final do ano. Texto Anterior: Média em URV teve mais 19% Próximo Texto: "Ociosidade inibe greve" Índice |
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