São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 1994 |
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Poluição aumenta em SP
DA REPORTAGEM LOCAL A falta de chuvas aliada à ausência de ventos e à inversão térmica elevou os índices de poluição na Grande São Paulo ontem, depois de um período de melhoria durante o fim-de-semana.Segundo o gerente do Departamento de Qualidade Ambiental da Cetesb, Silvio Oliveira, 52, a frente fria que atingiu São Paulo na sexta-feira, apesar de fraca, foi suficiente para ventilar a região e diminuir os índices de poluição. Na segunda-feira, a massa de ar quente voltou à cidade, aumentando novamente a poluição. Ontem, a qualidade do ar foi considerada inadequada em seis estações de medição da Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental) -Parque D. Pedro, Cambuci, Cerqueira César, Centro, Guarulhos e São Bernardo do Campo. Anteontem, apenas Guarulhos registrou qualidade irregular. Cubatão voltou a apresentar má qualidade do ar, mantendo o estado de vigilância na região que deve durar até o fim do inverno. Segundo Silvio Oliveira, não há previsão de melhoria na qualidade do ar para as próximas 36 horas. "Enquanto a frente fria que está entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul ficar estacionada, as condições para dispersão dos poluentes continuarão desfavoráveis." O gerente da Cetesb afirmou que basta que a frente fria chegue ao Paraná para que as condições do ar em São Paulo melhorem. "Mesmo que a frente não chegue até o Estado e continue sem chover, a intensidade dos ventos pode dispersar os poluentes." A velocidade média dos ventos ontem na Grande São Paulo não ultrapassou 1,5 metros por segundo. Não houve qualquer tipo de ventilação durante 16% do dia. Há 52 dias não chove forte em São Paulo. Segundo a meteorologista Neide de Oliveira, 36, as chuvas em agosto foram inapreciáveis (chuvas que não passam de 3 milímetros). O recorde de estiagem em São Paulo foi batido em 88, quando ficou sem chover forte durante 80 dias. Texto Anterior: Previsão é de chuva no fim-de-semana Próximo Texto: Ribeirão fica 82 dias sem chuvas Índice |
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