São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 1994
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Apoio não influencia o preço

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

Os produtos que serão beneficiados com a redução da alíquota do Imposto de Importação não recebem em seus países de origem incentivos capazes de influenciar na formação de preços.
A afirmação foi feita ontem à Folha pelo economista Pedro Motta Veiga, diretor da Funcex (Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior).
Ele se referiu aos casos de automóveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos de consumo.
"Certamente os eventuais subsídios que recebem não são relevantes para a competitividade em termos de preço", disse Motta Veiga, que mencionou, como exemplo, o apoio governamental à pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
"Pode-se afirmar que isso beneficia, de maneira indireta, alguns eletrodomésticos, a exemplo de geladeiras, mas não de forma relevante para a competitividade em termos de preços", disse.
Quanto aos automóveis, estão em vigor no mercado europeu -principalmente na França e na Itália–, desde janeiro de 1993, limitações gradativas à entrada de modelos japoneses até dezembro de 1999, quando o regime de cotas será abolido.
Motta Veiga disse ser difícil projetar o impacto da entrada de produtos procedentes de países desenvolvidos (EUA, Japão, Alemanha e Coréia) no mercado brasileiro.
"Tudo vai depender do percentual de redução da alíquota que será repassado ao consumidor pelos importadores", afirmou. "Pode ocorrer que eles repassem apenas uma parcela, mas é necessário lembrar que vão estar na mira do governo".

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