São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 1994
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bPara Fernanda, "há altos e baixos"

DA SUCURSAL DO RIO E DO NP

Venturini vê falhas na recepção
Eleita a melhor jogadora do Grand Prix de 94, Fernanda Venturini, 23, concorda com a avaliação feita pelo técnico Bernardinho sobre a atuação do time. Para ela, existem falhas na recepção do time.
Fernanda afirmou que a seleção brasileira de vôlei ainda precisa ser melhorada. "Há muitos altos e baixos. Às vezes falhamos em momentos importantes do jogo", disse.
Ela criticou a "mentalidade brasileira" de valorizar o ataque e disse que um dos méritos de Bernardinho foi valorizar o esquema defensivo.
Fernanda acredita na vitória brasileira no próximo Campeonato Mundial e aponta Cuba, China, Rússia e Japão como principais adversários. "Qualquer uma dessas seleções pode vencer, mas com a torcida do lado, acredito no Brasil", disse a jogadora.
Uma das musas da seleção brasileira feminina de vôlei, Fernanda Venturini admitiu que após o Mundial pode posar nua.
"Hoje eu não aceitaria. Seria horrível um fã chegar na quadra com uma foto minha para autografar. Não tem dinheiro que pague isso. Mas não garanto que minha cabeça não vai mudar", disse a levantadora.
Para ela, hoje seria difícil, mas essa decisão pode mudar com o tempo. "Acho que depois do Mundial ou daqui a três anos não teria mais problemas", afirmou.

Folha - Qual é a sensação de ser campeã e eleita a melhor jogadora do Grand Prix?
Fernanda - É emocionante, mas ao mesmo tempo é fruto de muito trabalho e dedicação. São horas treinando, que a gente deixa de aproveitar a vida.
Folha - Você acha que a seleção atingiu sua melhor forma?
Fernanda - Ainda não. O time ainda tem muitos altos e baixos. Na recepção, às vezes falhamos em momentos importantes do jogo. A mentalidade brasileira sempre foi o ataque. Folha - Qual é a perspectiva para o Mundial?
Fernanda - Vamos treinar bastante para manter o conjunto. Os pontos fracos poderão ser corrigidos com os treinos, que vão começar na semana que vem. O importante é manter a base.
Folha - Você pensa em jogar no exterior?
Fernanda - Não é hora de jogar no exterior. Acabei de acertar contrato com a Leite Moça e até março vou estar por lá. Além do mais, tem a seleção. O objetivo agora é ganhar o Mundial.

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