São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 1994
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Banco do Brasil pede julgamento do dissídio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA

Reportagem Local
O Banco do Brasil acionou ontem o TST (Tribunal Superior do Trabalho) para julgar a reivindicação salarial de seus servidores.
O tribunal tende a conceder o reajuste mínimo previsto em lei –13,68%, correspondentes ao IPC-r de julho e agosto mais resíduos. Os bancários de todo o país pedem reajuste médio de 119%.
Em São Paulo, os bancários do setor privado resolveram entrar em estado de greve em assembléia com cerca de 700 pessoas ontem.
"Se não tivermos greve não vamos arrancar reajuste decente", disse Ricardo Berzoini, presidente do sindicato em São Paulo.
No dia 22, os bancários prometem realizar passeata e parar um dos bancos privados de São Paulo. "Vamos fazer uma surpresa aos banqueiros", disse Berzoini.
Também para o dia 22, os funcionários do BB preparam paralisação de uma hora e os da Caixa Econômica Federal, de 24 horas.
Ontem, os funcionários da CEF não pararam por uma hora, como proposto pelo comando, pois assembléia avaliou que não havia mobilização. Foram lidos manifestos nas maiores agências da CEF, segundo Maurício Alvim, presidente da Apcef.
Os cerca de 50 mil manifestos distribuídos a 500 agências da CEF no Estado de São Paulo acusam o Plano Real de eleitoreiro.
A CEF informou que não entrou com o pedido de julgamento do dissídio e que as negociações com a categoria prosseguem.
Em Recife (PE), o primeiro dia da greve dos portuários paralisou ontem as operações de carga e descarga de navios. Segundo o administrador Carlos Vilar, o porto deixou de faturar ontem R$ 24 mil.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 56,08% mais a reposição da inflação em real. O porto oferece reajuste de 3,8%.
Vilar entrou com um pedido de julgamento do dissídio. Segundo ele, existem 417 servidores contratados pelo porto em Recife e cerca de 1.200 trabalhadores avulsos.
Em Florianópolis (SC), os 5.700 funcionários da Companhia de Eletrificação de Santa Catarina decidiram entrar em greve a partir da segunda-feira. Eles pedem 120% e a empresa oferece 21%.
Colaborou a Agência Folha.

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