São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 1994 |
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Analista de sistemas desaparece no mar AURELIANO BIANCARELLI AURELIANO BIANCARELLI
A Marinha do Brasil –que realiza as buscas– ainda não encontrou destroços do navio nem sinais dos 24 tripulantes, que têm nacionalidades grega e paquistanesa. Entre os desaparecidos está o grego Jean Damascene, 45, morador em São Paulo há 15 anos, casado com uma paulistana e pai de dois filhos pequenos. Ele é analista de sistemas, com mestrado na Inglaterra e doutorado na FEA (Faculdade de Economia e Administração) da USP. A mulher de Damascene, a professora Neide Michellan Kiuranis, teme que as buscas sejam interrompidas. "Eles devem estar vivos em algum lugar. Por favor, não os abandonem", ela pede. Damascene viajava no navio Iron Antonis reparando os computadores de bordo. Estava a serviço temporário da Sea Coral Marithims, empresa grega proprietária do Iron, que tem bandeira cipriota. O Iron é um dos mais antigos e maiores cargueiros do mundo em atividade. O navio seguia do Brasil para a China, onde seria vendido. Saiu do porto de Vitória (ES) no último dia 28 transportando 147 mil toneladas de minério de ferro. No dia 3, um navio de Malta recebeu um pedido de socorro do Iron. "Eles diziam que havia uma rachadura no casco e que teriam de deixar o navio", disse Antonio Antoniates, comandante do navio maltês que atracou há quatro dias em Itajaí (SC). No dia 4, a Sea Coral informou a família de Damascene em São Paulo que o navio sofrera um acidente e que os tripulantes se encontravam em balsas salva-vidas. Texto Anterior: Usinas funcionam em SP há 40 anos Próximo Texto: Marinha diz manter busca Índice |
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