São Paulo, sábado, 17 de setembro de 1994
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Movimento restaurador subsiste no RJ e em SP

DA REDAÇÃO

Após a proclamação da República, em 1889, subsistiram alguns grupos monarquistas no Rio Grande do Sul, Pará, Ceará e, principalmente, no Rio e em São Paulo.
Nos primeiros anos, esses grupos empreenderam algumas tentativas de restaurar o antigo regime. Eles apóiaram a Revolução Federalista e a Revolta da Armada, reprimidas por Floriano Peixoto.
Em 1895, após a pacificação desses movimentos, fundaram o Partido Monarquista, em São Paulo. No ano seguinte, os monarquistas cariocas organizaram o Centro Monarquista do Rio de Janeiro. Nenhum desses grupos consegue eleger qualquer representante.
Em 1900, durante o governo Campos Sales, os monarquistas apóiam as greves contra a política recessiva do governo e tentam articular um golpe, sem sucesso.
Em 1902, os monarquistas paulistas organizam um levante no interior, rapidamente sufocado. Em 1904, os monarquistas do Rio apóiam outra revolta fracassada.
A partir de então o movimento perde força. Em 1933, o Partido Monarquista se reorganiza para concorrer às eleições à Constituinte, mas não elege ninguém.
Diante da possibilidade aberta pela Constituição de 1988, os monarquistas participaram do plebiscito de 21 de abril de 1993, mas foram novamente derrotados. Eles conseguiram 6.843.159 votos (10,2%), contra 66,1% dados à República. Os Estados mais monarquistas continuavam sendo o Rio (13,1%) e São Paulo (12,8%).

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