São Paulo, sábado, 17 de setembro de 1994
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Produção em alta nos EUA faz Bolsas e dólar caírem

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

As Bolsas de Nova York, Paris e Londres fecharam em baixa ontem, depois que foram divulgadas as últimas estatísticas sobre produção e capacidade instalada das empresas americanas.
A produção industrial dos EUA aumentou 0,7% em agosto –já havia crescido em 0,3% em julho– e a capacidade ocupada das empresas atingiu 84,7%, o maior percentual dos últimos cinco anos.
Os mercados reagiram negativamente aos números, estimando que eles apontam para novas pressões inflacionários nos EUA e para a probabilidade de uma nova escalada dos juros por parte do Fed, o banco central norte-americano.
A Bolsa de Londres caiu 1,5%, a de Paris 2,76% e a de Nova York 0,52%, depois de fortes baixas durante o dia.
Os bônus do Tesouro americano de 30 anos, que determinam o piso dos juros de longo prazo, chegaram a subir a 7,80%, seu maior nível desde 24 de junho de 92. No final do dia, recuaram para 7,78%.
O mercado de moeda sofreu forte agitação, com queda da moeda americana em relação ao yen e ao marco alemão. No mercado de Nova York, o dólar fechou a 98,95 yens, contra 99,45 na véspera. Em relação ao marco, a cotação desceu a 1,5445, contra 1,5490 no dia anterior. O ouro subiu.
As perspectivas de uma iminente invasão dos EUA no Haiti contribuíram para aumentar o nervosismo dos mercados financeiros.
A principal causa do aumento da produção foi a indústria automobilística, que teve expansão de 8,9%. As indústrias de máquinas, metais e papel mostraram elevações significativas na produção.

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