São Paulo, sábado, 17 de setembro de 1994
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Fardos pedem dose de paciência

PAULO COELHO
COLUNISTA DA FOLHA

Há algum tempo contei a história de um homem que precisava usar sua cruz como ponte. Paulo Eymael me relata outra –também sobre o símbolo da cruz– muito contada em sua família:
Num certo vilarejo da Umbria (Itália), havia um homem que se lamentava de sua sorte. Era cristão e achava o peso de sua cruz muito difícil de ser carregado. Certa noite, antes de dormir, rezou para que Deus permitisse trocar seu fardo.
Nesta noite teve um sonho: o Senhor conduzia o homem para o depósito de cruzes. "Pode trocar", dizia. O homem viu cruzes de todos os tamanhos e pesos, com nomes dos seus donos. Escolheu uma cruz média –mas, vendo o nome de um amigo gravado, deixou-a de lado.
Depois, como Deus havia permitido, escolheu a menor cruz que encontrou. Para sua surpresa, viu gravado nela o seu próprio nome.

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