São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 1994
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Ex-ministro rebateu acusações, diz advogado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O advogado Saulo Ramos, que acompanhou Rubens Ricupero em seu depoimento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), considerou que a versão do ex-ministro da Fazenda pôs a "nocaute" os autores da representação.
"Continua sem haver nenhum fato concreto, só especulações. O Malheiros tinha 20 perguntas a fazer e fez apenas duas", disse Saulo Ramos.
O repórter Carlos Monforte, que também depôs ontem, atribuiu as inconfidências do ex-ministro ao cansaço daquele dia, em que já tinha dado outras 24 entrevistas.
O próprio Ricupero também alegou cansaço. Ele disse que a conversa entre os dois era "descontraída" por se tratar de Monforte, casado com uma prima da mulher do ex-ministro.
Até as 19h de ontem o TSE ainda não havia decidido se mantinha os depoimentos de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e de Fernando Henrique, previstos para hoje.
O PSDB havia ingressado com um pedido no TSE para adiar o depoimento de FHC para depois das eleições, no dia 3 de outubro.
Na petição, os advogados afirmaram que os adversários de FHC pretendiam transformar "a ida do tucano ao TSE em um escândalo".
"Será criado, desnecessariamente, um estrondoso fato político a poucos dias da eleição", argumenta o ofício dos advogados do candidato tucano.
As representações contra o presidenciável foram baseadas nos bilhetes do ministro demissionário das Minas e Energia, Alexis Stepanenko, sugerindo a inauguração de obras para ajudar na campanha de FHC. Os bilhetes provocaram a queda de Stepanenko.
No início, FHC disse que as acusações de uso da máquina eram uma "tempestade em copo d'água", porque ele "nunca" teria ido a uma inauguração de obra do governo federal.
Anteontem, o candidato disse que estava querendo ir ao TSE para saber qual foi o uso da máquina a seu favor.

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