São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 1994 |
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Alternância de escolas dita os rumos do vôlei
SÉRGIO KRASELIS
O Brasil tem contribuído ao longo das últimas quatro décadas para a transformação do vôlei. O esporte já assistiu à predominância da escola asiática de velocidade, ao vôlei-força do bloco socialista e à especialização norte-americana, entre outros estilos. Hoje, a escola brasileira, que aposta na versatilidade de seus jogadores, influencia as demais seleções de alto nível. Como a italiana, que dominou o cenário no início da década e atualmente busca a mesma variação de jogadas táticas criada pelo Brasil. Nos depoimentos abaixo, quatro gerações de jogadores e técnicos contam suas experiências e analisam mudanças sensíveis na parte técnica, tática e nas regras. Antonio Carlos Moreno, participante de quatro Mundiais (66, 70, 74 e 78) e quatro Olimpíadas (68, 72, 76 e 80), dá a sua visão de jogador, assim como Renan Dal Zotto, que na década passada era perseguido pelas tietes da mesma maneira com que hoje são caçados Giovane, Tande e cia. A visão tática é dada pelo técnico Bebeto de Freitas, que, de 81 a 89, conduziu aquela que se tornaria a "geração de prata". Um dos responsáveis pela explosão do vôlei no país, Bebeto atua hoje no vôlei italiano. Foi ele que aperfeiçoou no Brasil os trabalhos de preparação física e posicionamento em quadra, principalmente na defesa. Seu sucessor, José Roberto Guimarães, ampliou o método de trabalho e forneceu ao mundo do vôlei uma seleção que surpreendeu pela versatilidade de seus jogadores e forma de atuar em quadra. José Roberto consolidou um padrão de jogo ofensivo, mas ainda se debate à procura de uma inovação na defesa. Às vésperas do Mundial Masculino da Grécia, quando a seleção parte em busca de um título inédito, e do Mundial Feminino, no Brasil, um pouco da história do vôlei é apresentada nas páginas seguintes. (SK) Texto Anterior: AO ATAQUE Próximo Texto: Força é a marca da década de 60 Índice |
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