São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 1994 |
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BC volta a intervir no câmbio
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
O objetivo do BC foi sinalizar que existe um limite de baixa para o dólar: a cotação de R$ 0,85. O BC atuou junto a oito instituições "dealers" (bancos credenciados para atuar em nome do BC no mercado). Em quatro, comprou dólares no mercado comercial (exportações e importações) e, no restante, vendeu dólares no mercado flutuante (segmento em que é negociado o dólar-turismo). A primeira intervenção foi às 11h30. O dólar comercial era negociado a R$ 0,851 para compra e a R$ 0,852 para venda. O BC comprou dólares e pediu que sua atuação, segundo a Folha apurou, fosse divulgada no mercado. Segundo os cálculos dos analistas, o BC comprou ao redor de US$ 15 milhões. Não há consenso se conseguiu vender tudo no flutuante. Se tiver conseguido, não houve emissão de reais. Toda vez que o BC compra dólares, ele emite reais. A meta para emissão foi uma das justificativas usadas pelo BC para explicar a sua ausência do mercado. A operação acabou dando ganho para o BC. No momento em que atuou a diferença entre o dólar comercial e o flutuante chegou a 4,8%. No final do dia, o ágio havia recuado para 0,9%. O ex-diretor do BC Emílio Garófalo Filho, atualmente consultor da Líbero, diz que as cotações vinham caindo, refletindo mais as expectativas de entrada de recursos pós-eleição do que o movimento do momento. "Até o dia 15, saiu mais dólar do que entrou." LEIA MAIS sobre o dólar às págs. 2-6 e 2-8 Próximo Texto: Pendurado no gancho; Quem ganha; linha congestionada; Nova clientela; Papel de vilão; Passando o mico; Concorrência tradicional; Entreposto social; Queda prevista; Prazo assegurado; Hora de chiar; No berro Índice |
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