São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 1994
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Vôlei viaja hoje para o Mundial da Grécia

DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico José Roberto Guimarães surpreende mais uma vez os torcedores da seleção brasileira masculina de vôlei.
O time, que embarca hoje para Sófia, Bulgária, às 14h10, no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), vai fazer os dois amistosos contra a seleção búlgara com o atacante Kid no lugar de Giovane no time titular.
"Pelo menos agora Kid é o titular do time. Ele tem se destacado nos treinos e começa jogando os amistosos contra os búlgaros", diz Zé Roberto.
Na semana passada, o treinador definiu o time para o Mundial da Grécia, que começa no próximo dia 29, quando a seleção estréia contra a Argentina.
Na ocasião, Zé Roberto surpreendeu ao anunciar o corte de Pinha, pois tudo levava a crer que ele faria a opção entre Jorge Édson e Douglas.
Justificou a saída do novato afirmando que preferiu optar por dois jogadores mais experientes. Agora, faz nova mudança.
"Kid, por enquanto, ganhou a vaga de titular porque está melhor no passe. Mas muita coisa ainda pode acontecer. A seleção brasileira que enfrenta os argentinos ainda não está confirmada. Só posso dizer que vão jogar os seis que estiverem em melhores condições físicas e técnicas", diz Zé Roberto.
Convocado pela primeira vez para a seleção em 91, Kid, 24, acabou cortado às vésperas da Olimpíada de Barcelona, em 92.
Ontem, apesar de o time estar abalado com a morte do pai do levantador Maurício (leia matéria nesta página), Kid se disse feliz com a oportunidade que lhe está sendo dada pelo técnico.
"Sei que o Giovane é o titular e vou procurar jogar com a mesma simplicidade. É uma grande responsabilidade e estou pronto para ser útil", afirmou o jogador.
Ao comentar a ida de Giovane para a reserva, Zé Roberto foi objetivo: "Giovane está muito visado pelos adversários. Além disso, não tem tido muita segurança nas bolas".
Para o técnico, a seleção tem se sentido mais segura com a entrada de Kid. "Ele deu mais consistência e mais precisão ao passe da equipe, fundamental para que o time acerte os ataques", afirma o treinador, que insiste em afastar qualquer favoritismo para o Brasil no Mundial.
Já seu colega da seleção italiana, Julio Velasco, disse ontem que o Brasil "segue sendo o favorito para ganhar o título mundial".
Velasco, argentino naturalizado italiano, fez questão de ressalvar, porém, que Cuba, Holanda, Rússia e Itália também estão no páreo.
A Itália busca o bicampeonato mundial. Em julho, conquistou em Milão o tetracampeonato da Liga Mundial ao vencer na final a seleção de Cuba, que eliminou os brasileiros na semifinal.

Com agências internacionais

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