São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 1994 |
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FHC refuta partidos e defende notáveis
MÔNICA IZAGUIRRE; VINICIUS TORRES FREIRE
Indagado se iria isolar o PFL no seu eventual governo, FHC disse à Folha que o critério para a formação de seu ministério será a escolha de "pessoas competentes para executar o programa de governo, não importa se do partido A ou B, ou mesmo sem partido". Novo partido A Folha apurou que assessores do candidato tucano estudam a possibilidade de unir o PSDB a segmentos de outras legendas –como PT e PMDB– para formar um novo partido, caso FHC vença as eleições. O partido se chamaria SDB (Social Democracia Brasileira) e está sendo imaginado por colaboradores de FHC como uma estratégia para obter maioria parlamentar caso o tucano chegue à Presidência. FHC diz refutar a possibilidade de criação de um novo partido. "Seria um partido oportunista, formado em função de um governo. Não é preciso ser do partido do presidente para apoiar o governo." Para FHC, a formação de um único grande partido governista tenderia a aglutinar as atuais legendas apenas em dois blocos: oposição e situação. E isso, na visão dele, "só atrapalharia a democracia. Nós não somos o México". FHC negou informações dadas por seus colaboradores de que fará uma reforma administrativa que concentre poder no Palácio do Planalto. Essa seria outra estratégia dos tucanos para tentar reduzir a influência do PFL no poder. "Nem pensei nisso (reforma administrativa). Ainda não ganhei a eleição", afirmou FHC. Sindicalistas Fernando Henrique Cardoso recebeu na manhã de ontem em sua casa, em São Paulo, o apoio de 776 sindicatos de todo o país. O manifesto, intitulado "O Brasil tem pressa; mudanças já". foi entregue por um grupo de sindicalistas liderado por Enilson Simões, o Alemão, secretário-geral da Força Sindical. Segundo Alemão, os sindicatos da lista representam 10 milhões de trabalhadores. O sindicato que encabeça a lista é o dos metalúrgicos de Volta Redonda (RJ). Cerca de 300 sindicatos da lista são paulistas - 184 representam trabalhadores rurais do interior do Estado. Pesquisa Sobre sua vantagem nas pesquisas, FHC disse: "Eu quero mais". O candidato disse que não há euforia na sua campanha, mas alegria. "A alegria necessária. Nossa candidatura não é ranzinza nem mal-humorada". Segundo a última pesquisa Datafolha, o tucano está com 47% das intenções de voto. Os demais candidatos, somados, atingem 39%. Lula está com 22%. O tucano disse que agora vai concentrar a campanha em São Paulo e em gravações dos programas de TV, com as quais quer se ocupar até terça-feira. Colaborou VINICIUS TORRES FREIRE, da Reportagem Local Texto Anterior: Aliança com PFL contradiz história de FHC, diz Chico Próximo Texto: Stepanenko diz ter tentado ajudar FHC Índice |
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