São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 1994
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Temas políticos dividem alunos

RODRIGO LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

A pesquisa Datafolha, realizada entre 600 estudantes paulistanos, mediu o grau de concordância com algumas das principais causas do movimento estudantil.
A maioria absoluta dos estudantes concorda com reivindicações "práticas", como meia-entrada em atividades culturais e ensino gratuito e de qualidade para todos (ambos com mais de 90% de aprovação) e o cumprimento da medida provisória que regulamenta as mensalidades escolares (75% de "sim" entre secundaristas e 84% entre universitários).
Entre as bandeiras de cunho político, começa a divisão: metade dos universitários pesquisados é contra a valorização das estatais e o monopólio do petróleo e das telecomunicações pelo Estado (contra 37% que concordam com o tema, 10% que concordam parcialmente e 3% que não têm opinião). Entre os estudantes de segundo grau, 53% apóiam as estatais, mas 32% são contra, 4% apóiam parcialmente e 10% não têm opinião.
Outro ponto pesquisado foi a intervenção do FMI (Fundo Monetário Internacional) na política nacional –um tema ao qual as entidades se opõem veementemente; 44% dos secundaristas querem o FMI fora, mas 32% não se opõem à sua presença (21% não sabem).
Entre os universitários, 55% rejeitam a presença do FMI e 33% acham que o Fundo pode atuar no país –6% não sabem e 6% apóiam em parte.

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