São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 1994 |
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"Libération" inaugura hoje seu novo projeto gráfico e editorial
ANDRÉ FONTENELLE
O "Libération", um dos maiores jornais da Europa, reagiu às mudanças recentes na imprensa francesa e lança hoje seu novo projeto gráfico e editorial. A reforma exigiu 17 meses e um investimento de cerca de 250 milhões de francos (aproximadamente US$ 47 milhões). Dela sairá um jornal maior, mais colorido e mais completo –o "jornal plural" do ano 2000, como anuncia a empresa. A tiragem de hoje deve ser de 600 mil exemplares, caindo para cerca de 205 mil em algumas semanas. O objetivo é chegar a 240 mil cópias em 1999. A circulação paga média, em 93, foi de 170 mil. A Folha teve acesso ao número zero (experimental) do novo projeto –à exceção da primeira página, em segredo até o último instante. Sabe-se que trará o mesmo logotipo, um pouco menor, fotos em cores e dois temas por dia. Também permanece o preço: seis francos. Quase todo o resto muda no novo "Libération". Aumentam o número de páginas (a média vai de 48 a 80), o tamanho (de 36 cm a 41 cm de altura) e o tipo de letra). Também cresce o uso da cor: oito páginas deverão ser impressas a quatro cores e até 40 terão duas cores. Antes, o jornal só usava a bicromia, nas páginas principais. Na parte editorial, continua o grande destaque dado à fotografia. O projeto está sendo chamado de "Libé 3". O jornal teve antes duas importantes fases. A primeira, de 1972 a 1981, como um "jornal marginal" de esquerda. Em 1981, viveu a segunda grande transformação, iniciando sua fase atual, como veículo da grande imprensa francesa. Texto Anterior: EUA se preparam para combater 'atos hostis' Índice |
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