São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 1994
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Cesta básica sobe 0,91% em apenas um dia

NEIVALDO JOSÉ GERALDO
DA REDAÇÃO

O custo da cesta básica voltou a subir ontem. É o quarto dia consecutivo de alta. Segundo a pesquisa Procon/Diese, o aumento médio foi de 0,91% em relação ao dia anterior.
O aumento de ontem faz o custo da cesta básica acumular alta de 1,33% em setembro. Ontem, ela era comprada por R$ 99,00 contra R$ 98,11 na quarta-feira.
O feijão e a carne de 1ª, com reajustes de 4,44% e 2,17%, respectivamente, continuam pressionando o custo da cesta básica. Mas a pesquisa de ontem detectou novidades: aumentos em produtos de limpeza e higiene pessoal.
"Há muito tempo estes grupos não apresentavam variações tão expressivas", disse Maria Inês Fornazaro, diretora do Procon. Absorvente e creme dental, com reajustes de 4,35% e 3,45%, respectivamente, lideram a alta.
Maria Inês, porém, afirma que é melhor esperar até hoje para saber se esses aumentos foram motivados por retiradas de promoções ou se indicam uma tendência de alta.
O economista Juarez Rizzieri, coordenador do IPC da Fipe, afirmou que a pressão sobre o custo da cesta básica do Procon ocorre devido aos preços da carne e do feijão, " que estão altos por causa da estiagem".
Segundo ele, estes produtos são voláteis e o aumento de 0,91% na cesta básica não deve preocupar.
Rizzieri disse que "se deve prestar atenção nos preços dos industrializados, pois quando eles começarem a subir, aí sim deve ser dado um alerta".
Para ele, os preços da cesta básica devem se manter estáveis, "pois os supermercados já chegaram na margem de lucro operacional que eles buscavam, depois do fim do lucro financeiro".
O vice-presidente da Associação Paulista dos Supermercados (Apas), Firmíno Rodrigues Alves, disse que "os preços do feijão e da carne subiram muito no atacado". Ontem, o preço do feijão parou de subir no atacado, mas acumula alta de 72% em 30 dias.
Confaz
O Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) decidiu ontem adiar para a segunda quinzena de outubro a votação da proposta do governo de reduzir para 7% o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre produtos da cesta básica.
IGP-M
A Fundação Getúlio Vargas divulgou ontem a taxa do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) para o mês de setembro. Ficou em 1,75% contra os 7,56% de agosto. A taxa mede a variação de preços entre os dias 20 de agosto e 20 de setembro.

Colaboraram as Sucursais do Rio e de Brasília

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