São Paulo, domingo, 1 de janeiro de 1995 |
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Festa da posse tem toque pessoal de FHC
WILLIAM FRANÇA; SILVANA DE FREITAS; GUTEMBERG DE SOUZA
Entre eles estão o ex-primeiro-ministro da França Michel Rocard e o diretor-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), o francês Federico Mayor. Sete confirmaram presença –inclusive Rocard. Vêm também dois representantes do Congresso Mundial Judaico, que tem sede nos Estados Unidos, e dois membros do Club Brésil, na França. Uma outra lista, de 300 nomes, também passou pelo crivo de FHC. São personalidades ligadas ao mundo intelectual, artístico e social do Brasil. Também estão convidados todos os governadores atuais e eleitos, ex-presidentes da República e os candidatos à Presidência, que disputaram com ele a eleição de 3 de outubro. FHC só não convidou Fernando Collor. A posse A cerimônia de posse acontecerá às 16h30, no Congresso Nacional. Às 17h30, no Planalto, haverá a passagem da faixa presidencial. O público poderá ver o novo presidente no desfile que fará em carro aberto, a partir das 16h15, entre a catedral de Brasília e a rampa do Congresso. A passagem da faixa, no parlatório do Planalto, poderá ser vista por quem estiver na praça dos Três Poderes –onde também haverá um show de música popular e queima de fogos. Para a recepção noturna no Itamaraty foram distribuídos 2.800 convites, muitos para casais. Estima-se o comparecimento de 5.000 a 5.500 pessoas, que serão atendidas por 300 garçons. Entre festa, hospedagem dos convidados estrangeiros, diárias de servidores e outras despesas, o Itamaraty está gastando R$ 3 milhões. O governo brasileiro arca com as despesas de três pessoas em cada uma das 80 delegações que devem vir do exterior, o que significa hospedagem e transporte para quase 250 convidados. O Itamaraty reservou 300 apartamentos nos hotéis de Brasília e alugou 120 carros para a posse. Uma suíte do Hotel Nacional foi reservada para o presidente de Cuba, Fidel Castro, mas até ontem havia mistério sobre sua presença. Cuidados especiais É do presidente eleito a idéia de um show popular na praça dos Três Poderes. Os músicos que vão tocar na festa oficial também foram escolhidos por FHC. São Daniela Mercury, Herbert Vianna, Dominguinhos, Oswaldinho e Hermeto Paschoal. A animação da festa da também conta com um grupo de chorinho, comandado pelo flautista Carlos Poyares, e um conjunto da Escola de Música de Brasília. Também foi Fernando Henrique quem determinou o traje para a festa do Itamaraty: rigor completo, o que significa smoking ou vestido longo. FHC não quer ficar isolado durante essa festa. Rejeitou a sugestão de se sentar numa mesa principal, ao lado da mulher, Ruth, e de seu vice, Marco Maciel, e a mulher, Ana Maria. A idéia é que FHC "abra o buffet", acompanhando o início do serviço dos 19 pratos frios, 12 pratos quentes e dez sobremesas diferentes. Depois, já avisou que vai circular entre os cerca de 5.000 convidados em dois andares de salões do Itamaraty. A segunda festa é mais reservada. Será uma homenagem a Itamar Franco, dentro do Palácio do Planalto, antes de ele descer a rampa. Terá a participação de seus ministros e amigos. A última cerimônia terá caráter ecumênico, desprezado nas posses anteriores. Está programado um "culto inter-religioso" para o meio-dia de amanhã, na Catedral de Brasília. Na celebração, falarão Marco Maciel, Ruth Cardoso, Ana Maria Maciel e Fernando Henrique Cardoso nesta ordem. (William França, Silvana de Freitas e Gutemberg de Souza) Texto Anterior: A TRAJETÓRIA DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Próximo Texto: Brasília recebe onze chefes de Estado Índice |
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