São Paulo, segunda-feira, 2 de janeiro de 1995 |
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Vargas quer triplicar pesquisa privada
ANDRÉ LAMOUNIER
Hoje, a participação das empresas representa apenas 10% do total investido em Ciência e Tecnologia no país. Queremos chegar a 35% de participação privada em quatro anos, afirmou Vargas. Para atingir esse objetivo, o ministro conta com as leis 8.248 e 8.661, que concedem benefícios fiscais às empresas que investirem em tecnologia. A primeira dessas leis trata de investimentos em informática. A outra trata de investimentos nos demais setores. Essas leis possibilitaram o ingresso de US$ 360 milhões de investimentos privados só no ano de 1994. A renúncia fiscal correspondente a esse investimento foi de US$ 140 milhões. Isso quer dizer que o equivalente a quase um terço do valor aplicado em tecnologia pelas empresas privadas deixou de ser recolhido em impostos. A meta de Vargas é chegar a US$ 1 bilhão de investimentos privados por ano. Para esse patamar de investimentos privados, a renúncia fiscal ficaria em torno de US$ 350 milhões. Essa quantia seria o máximo permitido pelo governo, de acordo com o ministro. Verbas públicas Outra prioridade de Vargas é a criação do Conselho Superior de Ciência e Tecnologia. O órgão teria como função coordenar a aplicação das verbas públicas destinadas ao desenvolvimento tecnológico. Atualmente, o Ministério da Ciência e Tecnologia fica com um terço do dinheiro destinado pelo governo ao setor. O restante das verbas é distribuído entre outros ministérios, como o Ministério da Agricultura, Ministério da Saúde e Ministério do Meio Ambiente. O Conselho Superior de Ciência e Tecnologia teria o papel de planejar a distribuição desses recursos públicos. Uma melhor coordenação poderia evitar, por exemplo, que ministérios diferentes apliquem dinheiro em uma mesma atividade. Texto Anterior: RIO 1; RIO 2 Próximo Texto: Acidentes matam 1 e páram marginal Tietê Índice |
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