São Paulo, segunda-feira, 2 de janeiro de 1995
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Festa na corte

A festa de réveillon da cúpula do PFL corria solta na casa do presidente do partido, Jorge Bornhausen, em Brasília. Músicas de Carnaval animavam os convidados.
Na hora da ceia, foram trazidos da cozinha dois vistosos leitões à pururuca. Como a festa era principalmente pela chegada ao poder, os leitões estavam enfeitados com nada menos do que uma faixa presidencial em cada. Faixas completas, até com brasão da República.
Os pefelistas logo começaram a brincar: o vice-presidente eleito, Marco Maciel, deveria cortar uma das faixas.
Como Maciel não chegava, a peça foi retirada e os convidados trataram de consumir o leitão.
Mas sobrou o outro leitão. E ninguém se atrevia a cortar a faixa presidencial, por medo de atrair azar. Enquanto isso, o apetite dos pefelistas aumentava.
A solução foi encontrada por Inocêncio Oliveira, ao avistar o deputado Saulo Queiróz, único tucano presente:
– Agora que o PSDB chegou, ele pode cortar a faixa!
Queiróz atendeu o pedido e saciou a fome do PFL.

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