São Paulo, segunda-feira, 2 de janeiro de 1995 |
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Vôlei em alta
CIDA SANTOS Alô, alô 95. O ano para o mundo do vôlei é o da corrida em busca de uma vaga para os Jogos Olímpicos de Atlanta. Só os Estados Unidos, país sede da competição, possuem classificação assegurada. As outras seleções, inclusive a equipe masculina do Brasil, atual campeã olímpica, vão ter que ir à luta.As primeiras convocações no Brasil vão ser em abril. A seleção masculina vai disputar em maio a Liga Mundial com uma pressão ou um estímulo a mais: as finais do torneio serão em julho em terras brasileiras. As meninas vão tentar o bicampeonato no Grand Prix. Mas as competições que valem vaga na Olimpíada acontecem mesmo no segundo semestre. O Sul-americano vai classificar duas seleções para a Copa do Mundo do Japão, onde estarão em jogo três vagas para Atlanta. Em pleno ano novo, vale destacar o espaço maior que o vôlei conquistou nos corações e mentes dos torcedores em 94. Prova maior disso foi a pesquisa feita pela Folha com 70 adolescentes e divulgada na semana passada no Folhateen. Na escolha de "a bonitona", a levantadora Fernanda Venturini teve a mesma votação de atrizes populares como Malu Mader, Vera Fisher e Letícia Spiller. Na pesquisa também deu para perceber o peso que teve o resultado da seleção masculina no Mundial da Grécia. No item "a mancada do ano", o time não ter sido campeão mundial teve a mesma votação do caso de Itamar Franco com a modelo Lilian Ramos, que dispensou a calcinha no último Carnaval. Só é superado em número de votos pela absolvição do ex-presidente Fernando Collor e pela conversa do ex-ministro Rubens Ricupero captada pelas parabólicas. A seleção brasileira também é tema da revista italiana "Pallavolo" no balanço sobre o Mundial. Entre as diversas causas para o mau desempenho da equipe, a revista aponta o projeto, qualificado no artigo como "faraônico", do presidente da Confederação de Vôlei, Carlos Arthur Nuzman, que obrigou a volta ao país dos cinco titulares que atuavam na Itália. Entre outras coisas, o time teria sofrido o que a revista denomina de "nostalgia da Itália proibida". E vai além. Quando cita Marcelo Negrão, o artigo fala que no Mundial ele trazia estampado no rosto saudade de Treviso, cidade onde jogava na Itália. Poesias à parte, essa é uma tese que merece ser estudada. Texto Anterior: Saudades e saudações no ano que começa Próximo Texto: Notas Índice |
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