São Paulo, segunda-feira, 2 de janeiro de 1995
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Peça vem a São Paulo em fevereiro

DA SUCURSAL DO RIO

Escrita quando Roberto Athayde tinha 21 anos, "Apareceu a Margarida" é a história de uma professora histérica e autoritária que encontra pela frente um aluno questionador.
Ambientada em uma sala em que o próprio público faz as vezes dos alunos, nasceu de dois elementos então presentes na cabeça do autor: os traumas do colégio somados aos do regime militar.
"Convidado" na adolescência a sair de três tradicionais colégios, porque "só queria saber de poesia", Roberto Athayde retrata seus "sofrimentos escolares e com os militares".
Para ele, a força da peça compreende "uma leitura múltipla", política e psicológica –não se prendendo a aspectos datados, relacionados ao regime militar.
"A Margarida como sátira do ego enorme, exagerado, é mais importante do que a Margarida como grito antiditatorial", diz.
Dirigida por Aderbal Freire Filho –o mesmo diretor da primeira encenação, em 73–, a atual montagem percorreu, desde setembro, várias capitais do Brasil e Miami, no Colony Theatre.
Em meados de fevereiro, em data a ser agendada, deverá ser encenada no Municipal de São Paulo, percorrendo em março outras capitais do país.

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