São Paulo, sábado, 7 de janeiro de 1995
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PM reforça segurança na Copa SP

DA REPORTAGEM LOCAL

A Copa São Paulo de Futebol Júnior merecerá por parte da polícia o mesmo esquema de segurança dado ao Campeonato Paulista.
Segundo o major Silvio Villar, 40, do 2º Batalhão de Choque da PM, 450 homens farão a segurança da primeira rodada, amanhã.
Nenhuma outra medida, segundo os organizadores, será tomada na primeira fase do torneio, como distribuição de convites ou cobrança de ingressos –as partidas têm entrada franca.
Na edição do ano passado, estas duas medidas foram tomadas para tentar coibir a onda de violência que tomou conta dos estádios e arredores onde acontecia a Copa.
Além dos choques entre torcedores, fenômenos como quebra-quebras e arrastões pipocaram pelos estádios. Apesar disso, nenhuma das instituições que promovem o torneio acredita na repetição dos fatos este ano.
Segundo a Secretaria Municipal de Esportes e Turismo, a diluição dos jogos pelas sedes no interior do Estado deve diminuir as ocorrências policias na primeira fase.
A Secretaria Estadual também não acredita em maiores problemas. "Nas reuniões, a nossa maior preocupação é a segurança. O maior policiamento deve evitar os tumultos de 94", afirma Nelson Guerra, 53, coordenador de esportes da Secretaria.
A FPF (Federação Paulista de Futebol) não prevê problemas.
"Este é um problema da polícia", afirma o assessor de imprensa da entidade, Reinaldo Miranda.
Ironicamente, a torcida organizada Gaviões da Fiel teme a repetição dos tumultos de 94. "É incrível como os dirigentes pecam pela falta de prevenção", afirma Dentinho, presidente do grupo.
"Torcedor do Corinthians vai a qualquer jogo. Como não há cobrança de ingressos, pessoas que não estão acostumadas a irem em estádios aparecem nos jogos e causam problemas", analisa.
E o primeiro problema pode surgir amanhã. No mesmo horário, às 17h, Palmeiras e Corinthians têm jogos previstos para São Paulo (Parque Antarctica e Pacaembu).
Segundo o major Villar, 450 homens estarão trabalhando nas partidas de amanhã. "Serão cerca de 80 homens só no Pacaembu, um contingente, no nosso ponto de vista, suficiente", diz o major.
A mobilização é maior do que a empregada no torneio em 94.
Villar estima que 25 mil pessoas devam ir ao Pacaembu. "Como o Corinthians enfrentará o Fluminense, que deverá ter poucos torcedores, nossa maior preocupação será evitar choques com palmeirenses fora do estádio."
No interior, a segurança da primeira rodada não contará com nenhum esquema especial. "Serão utilizados os contingentes locais, em cada uma das seis cidades, e na segunda-feira faremos uma avaliação melhor", declara o major Antônio Petorossi, 48, do Comando da PM no Interior.
A distribuição de convites e até mesmo a cobrança de um valor simbólico pelos ingressos não está descartada na segunda fase. Tudo vai depender dos cruzamentos dos times que se classificarem.
Para o Major Villar, a grande preocupação da PM é evitar as superlotações. "Como a entrada é franca, não temos como controlar o público", admite.
A venda de cerveja nos estádios, proibida por razões de segurança na fase final do Campeonato Brasileiro, está liberada.

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Sobre a Copa SP na pág. 3

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