São Paulo, domingo, 8 de janeiro de 1995
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Telescópios surpreendem

RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Algumas das questões ainda não respondidas pela ciência não terão espectadores para concluir quem estava certo.
Uma das grandes descobertas do século 20 foi a expansão do Universo. Mas não há consenso sobre o que acontecerá com ele, se vai continuar se expandindo eternamente, ou se vai parar e se contrair até um catastrófico esmagamento final daqui a sabe lá deus quantos bilhões de anos.
Até lá é provável que a estrela chamada Sol tenha deixado de funcionar a contento, se expandindo e engolindo a Terra.
A resposta sobre o fim do Universo está intimamente ligada a outra questão bem indefinida: como ele surgiu, se é que teve um começo? O telescópio espacial Hubble poderia ter dado algumas respostas que apoiassem a teoria mais aceita, a do big bang (uma grande explosão cósmica inicial). Na prática, algumas de suas observações colocaram em dúvida medidas convencionais do ritmo de expansão do Universo.
O Hubble e telescópios mais modernos em terra têm trazido descobertas supreendentes, e deverão continuar a fazê-lo. Objetos espaciais que parecem se mover mais rápido que a velocidade da luz são típicos dos paralelepípedos que a astronomia vai arremessar contra o senso comum das pessoas nos próximos anos. (RBN)

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