São Paulo, segunda-feira, 9 de janeiro de 1995
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Radicais hutus fazem ataques em Ruanda

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Três ataques no sudoeste de Ruanda na última semana podem ser o começo de uma nova campanha de terror por membros da antiga milícia da etnia hutu, segundo temem funcionários da ONU e de agências de socorro no país.
Estima-se que 40.000 soldados leais ao antigo governo hutu foram para o Zaire em julho passado depois que o poder foi tomado pelos rebeldes da Frente Patriótica de Ruanda, predominantemente da etnia tutsi.
A guerra tinha atingido seu clímax depois da morte do presidente hutu Juvenal Habyiramana em abril e o subsequente massacre de centenas de milhares de pessoas da minoria tutsi.
Bandos de hutus armados têm aterrorizado os campos de refugiados e impedido sua volta para Ruanda. Há 1,2 milhão de refugiados em campos no Zaire.
Sete líderes regionais –os presidentes do Quênia, Tanzânia, Uganda, Burundi, Ruanda, Zâmbia e o primeiro-ministro do Zaire– decidiram que os ruandeses suspeitos de participar do massacre serão retirados dos campos.
Mas o comunicado não indica quem vai se encarregar da tarefa e nem menciona a proposta das Nações Unidas de enviar tropas para restaurar a ordem nos campos controlados pelos extremistas hutus.

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