São Paulo, terça-feira, 10 de janeiro de 1995
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Secretaria ouvirá parlamentares

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Conselho Político do governo deverá ter uma secretaria executiva que ficará encarregada de atender os parlamentares em suas relações com o Executivo.
A intenção do governo de criar a secretaria foi confirmada ontem pelo vice-presidente da República, Marco Maciel. Segundo ele, a secretaria seria formada por "três ou quatro pessoas com experiência parlamentar".
Nomes
Jorge Bornhausen, presidente do PFL, disse ontem que o nome do partido para integrar a secretaria executiva já está escolhido.
O indicado para a função é o ex-deputado Wilmar Dallanhol (SC). Domingos Juvenil e José Abrão eram nomes citados ontem como possíveis representantes do PMDB e PSDB, respectivamente.
A criação dessa secretaria executiva não chega a ser uma surpresa na estratégia do governo de tentar estabelecer uma ponte com os parlamentares.
Na semana passada, o presidente do PSDB, Pimenta da Veiga, havia anunciado a possibilidade de criação de uma assessoria especial para receber os prefeitos e parlamentares que procuram o Planalto, normalmente com pedidos.
Rumo
O vice-presidente afirmou que, depois das duas primeiras reuniões do conselho (na semana passada e ontem), "as coisas começam a tomar seu curso" em matéria de coordenação política.
Maciel disse que, na primeira semana de instalação do governo, houve "algumas cobranças" geradas pela falta de articulação política: "Mas eu tenho a impressão de que as questões já começam a ser resolvidas", declarou.
Para o vice-presidente, Fernando Henrique Cardoso está certo ao optar pelo diálogo com os presidentes dos partidos.
"Uma coisa importante nesse momento para o país é fortalecer os partidos", disse.
A criação do conselho executivo também testa a possibilidade de o governo manter um canal institucional com parlamentares, que fuja da prática fisiológica.

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