São Paulo, terça-feira, 10 de janeiro de 1995
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Greve na Cetesb paralisa medição de poluição

DA REPORTAGEM LOCAL

Funcionários da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) entraram em greve ontem devido à falta de pagamento de um abono de 10% no dia 15 de dezembro.
O abono fazia parte de um acordo estabelecido em novembro entre o sindicato da categoria e o então governador Luiz Antonio Fleury Filho.
Estava previsto no acordo o pagamento de 10% de abono em 15 de dezembro e 15 de janeiro e que 3% da folha de pagamento seriam aplicados no plano de carreira.Segundo o diretor do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente), Edson Aparecido da Silva, todos os setores estão parados, exceto o plantão do serviço de medição de qualidade da água.
"Esse serviço é essencial porque controla a presença do cólera. Mas só esse tipo de teste está sendo feito, até a medição da poluição da água das praias, importante nesta época do ano, está paralisada", disse Silva.
O gerente de comunicação social da Cetesb, Nivaldo Montingelli, afirmou que, apesar da paralisação ser completa, também há plantão nos serviços de meteorologia e medição da qualidade do ar.
A greve foi decidida em uma assembléia ontem às 11h que reuniu cerca de 800 trabalhadores.
Dirigentes do sindicato se reuniram em seguida com o secretário estadual do Meio Ambiente, Fábio Feldmann, para discutir a greve.
Segundo Silva, Feldmann não se mostrou disposto a cumprir o acordo feito por Fleury, ao contrário do que o governador Mário Covas disse no sábado.
A assessoria de imprensa da secretaria do Meio Ambiente informou ontem que Feldmann se reuniria com o governador ontem à tarde para discutir o pagamento do abono aos grevistas.
Às 21h, a informação na assessoria do governo do Estado era de que a reunião não havia terminado e que Feldmann só deverá divulgar uma posição aos grevistas hoje.

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