São Paulo, terça-feira, 10 de janeiro de 1995 |
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Detentos dormem agarrados às grades da prisão
DA REPORTAGEM LOCAL A superlotação dos distritos policiais criou novas espécies de detentos em São Paulo além da do "faxina" e do "xerife" da cadeia. Os mais comuns são os presos "morcego" e "coruja".Como as celas não têm espaço para todos deitarem ao mesmo tempo, os detentos inventaram um rodízio. O "coruja" é aquele que fica acordado à noite, quando todos são trancados nas celas. Eles ficam de pé, enquanto os outros dormem, e só vão se deitar de dia. O preso "morcego" é aquele que não tem espaço para dormir de noite e de dia ou que não consegue conter o sono à noite. Esses detentos se amarram nas grades e dormem em pé. As fugas criaram outra espécie de preso: o especialista em "tatu" (túnel). Ele é capaz de abrir em poucas horas túneis aproveitando a rede de esgoto das celas. Texto Anterior: Preso 'despejado' por Covas será empilhado Próximo Texto: Delegacia de Pinheiros abriga 25 em cada cela Índice |
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