São Paulo, terça-feira, 10 de janeiro de 1995
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Nossa Caixa relaxa para tentar reagir contra Cesp

DA REPORTAGEM LOCAL

As principais jogadoras da Nossa Caixa-Ponte Preta ganharam folgas ontem para recuperar energias e tentar reverter a série melhor de cinco jogos da decisão paulista, contra a Cesp-Unimep.
As duas equipes voltam a se enfrentar amanhã, às 21h, no ginásio do Taquaral, em Campinas.
A Cesp ganhou os dois primeiros confrontos –por 103 a 75, em Piracicaba, sábado, e por 100 a 98, domingo, em Campinas.
A Cesp, de Piracicaba, pode perder amanhã e ainda terá a chance de jogar pelo título na sexta-feira, em casa, com apoio de sua torcida. Mas poderá também perder até esse confronto, que ainda vai restar o quinto jogo, o de desempate final da série.
A técnica Maria Helena Cardoso, 54, da Nossa Caixa, ainda confia na possibilidade de uma reação do seu time.
"A Cesp é quase campeã. Esse 'quase' é importante, pois nós (da Ponte) não dependemos de ninguém para virar essa decisão", afirmou Maria Helena.
Embora reconheça que a equipe adversária vem atuando com muita determinação e aplicação, a técnica da Nossa Caixa disse que seu time está preparado para lutar e, se possível, levar a decisão para a quinta partida.
"As dificuldades dão sabor à vida. Quanto mais difícil, mais gostoso fica", declarou.
Maria Helena ressaltou a atuação de seu time no primeiro tempo da partida de anteontem (vencido pela Nossa Caixa por 61 a 53) para demonstrar que existe possibilidade de uma reação.
"Foi um primeiro tempo primoroso. Chegamos a abrir 17 pontos de vantagem no segundo tempo e um descontrole nos levou à derrota", lamentou a treinadora.
O rigor dos juízes, que apontaram duas faltas técnicas de Hortência (momento de reação do time da Cesp) no jogo de domingo, foi criticado. "Não culpo a arbitragem pela derrota, mas houve critério diferente para reação das jogadoras das duas equipes", falou.
As jogadoras da Nossa Caixa que participaram do jogo de domingo foram poupadas do treinamento de ontem. Hoje, a equipe treina normalmente pela manhã e à tarde.
O time da Cesp fez exercícios leves ontem. A pivô Marta (30 anos e 1,90 m), uma das peças importantes do time, continua empolgada com o desempenho que vem conseguindo na decisão.
"Sei que é muito difícil, que é preciso respeitar o adversário, mas torço para isso tudo terminar logo. É tensão demais", declarou.
Afastada da seleção no ano passado, Marta disse que, no momento, não se preocupa com a volta à equipe nacional. "Minha cabeça está voltada exclusivamente para a decisão paulista. Nada mais", disse a jogadora.

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