São Paulo, sábado, 14 de janeiro de 1995
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Brasileiras e argentinas revivem rivalidade

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

As seleções femininas do Brasil e Argentina jogam hoje, às 16h, pelo 2º Campeonato Sul-Americano e revivem a rivalidade entre os dois times, agora na versão feminina.
O Sul-Americano garante uma vaga para o Mundial da Suécia, que por sua vez garante a classificação de seis equipes para a Olimpíada de Atlanta, em 96.
As argentinas foram o alvo de vaias da torcida em Uberlândia (MG) desde a abertura do torneio.
A rivalidade aumentou com os bons resultados da equipe. A Argentina venceu por 5 a 1 o Equador e, anteontem, derrotou a fraca Bolívia por 12 a 0.
Brasil e Argentina dividem a liderança da competição, com 6 pontos (duas vitórias). O Brasil marcou mais: 19 gols contra 17. As duas equipes só sofreram um gol até agora.
A dúvida no time brasileiro é a atacante Roseli. A jogadora sofreu uma contusão no tornozelo direito e seu lugar na equipe só será decidido pouco antes da partida.
O técnico Ademar Júnior tem com primeira opção para o lugar a atacante Nalvinha, 29.
Pretinha, autora de quatro gols, já se recuperou da contusão que sofreu no jogo contra o Chile.
A seleção feminina da Argentina praticamente partiu do zero para essa competição. Antes, só tinha feito um jogo em 1993, quando perdeu para o Chile.
O time teve um período de preparação de um mês em Buenos Aires e chegou três dias antes da abertura do Sul-Americano.
Um reflexo do pouco tempo de treinamento é o desentrosamento das jogadoras. O resultado é a dependência dos valores individuais da equipe.
O destaque técnico da Argentina é Carina Morales, a número 10 da equipe, que joga no River Plate.
As adversárias do Brasil também tem a artilheira do torneio até a quarta rodada: Fabiana Ochotorena, do Boca Juniors, com seis gols. Ela foi a artilheira do último Campeonato Argentino.
Todas as jogadoras da Argentina são amadoras e treinam nos seus clubes à noite, depois do expediente de trabalho.
A base do time é um combinado das equipes femininas dos maiores clubes da Grande Buenos Aires ( River, Boca e independiente). Não há jogadoras dos clubes das outras províncias do país.

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