São Paulo, segunda-feira, 16 de janeiro de 1995
Texto Anterior | Índice

Congresso tenta votar aumento de FHC

DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O aumento dos salários dos parlamentares e do presidente da República, o aumento do salário mínimo e a anistia ao senador Humberto Lucena (PMDB-PB) são os principais temas da última semana de trabalho do atual Congresso.
Os congressistas vão tentar fazer em uma semana o que não conseguiram em um mês e meio de convocação extraordinária. O esforço concentrado está marcado para amanhã, quarta e quinta-feira.
O projeto que aumenta o salário dos próprios parlamentares, do presidente, do vice-presidente e dos ministros –de interesse tanto do Congresso como do governo– é um dos atrativos para o comparecimento dos congressistas.
Está marcada para hoje uma reunião entre o governo e o Congresso para definir os valores dos novos salários. O diretor-geral da Câmara, Adelmar Sabino, afirma que os salários deverão ficar entre R$ 8 mil e R$ 10 mil.
O primeiro-secretário do Senado, Júlio Campos (PFL-MT), disse que os parlamentares e ministros vão receber R$ 10 mil e o presidente R$ 11,2 mil.
Na semana passada, o presidente da Câmara, Inocêncio Oliveira (PFL-PE), convocou os deputados por telefone e telegramas para tentar garantir quórum (número de parlamentares necessário) nas sessões do esforço concentrado.
Além do aumento salarial dos próprios parlamentares, está prevista a votação do projeto que aumenta o salário mínimo dos atuais R$ 70 para R$ 100 e a anistia ao senador Humberto Lucena (PMDB-PB).
Lucena foi cassado por uso eleitoral da gráfica do Senado. O projeto, aprovado pelo Senado no mês passado, é amplo e, além de Lucena, anistia os envolvidos na fraude eleitoral no Rio de Janeiro.
Um novo projeto elaborado na Câmara tem a aprovação dos líderes dos maiores partidos: PMDB, PFL e PSDB. O substitutivo, de autoria do deputado Prisco Viana (PPR-BA), restringe a anistia aos parlamentares que usaram a gráfica do Senado, desde que paguem pelos serviços utilizados.
O PT, PDT e PL prometem tentar evitar a aprovação não contribuindo com o número necessário para a votação. O esforço concentrado faz parte da convocação extraordinária do Congresso que iniciou no dia 16 de dezembro e termina no dia 31 de janeiro. No dia 1º de fevereiro assumem os novos parlamentares.

Texto Anterior: Família vai a FHC pedir aumento
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.