São Paulo, quarta-feira, 18 de janeiro de 1995 |
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Mendonça descarta nova fundação agora
ELVIS CESAR BONASSA
"Esta é uma idéia para longo prazo, mas não resolve o problema imediato", disse Mendonça. A proposta de fundação é defendida pelos próprios funcionários, ameaçados de demissão. O Baneser, empresa de prestação de serviços ligada ao Banespa, fornece mão-de-obra a vários órgão e secretarias do Estado, cobrando 20% de taxa de administração. Por determinação do governador Mario Covas, tais funcionários devem ser afastados. Na Cultura, os funcionários contratados via Baneser representam 70% do pessoal (1.507 pessoas) –e, por isso, o afastamento imediato pode comprometer o próprio funcionamento da secretaria. Pertencem ao Baneser, por exemplo, todos os músicos das orquestras e corais, os técnicos de teatro (iluminador, bilheteiros etc.), os funcionários das oficinas culturais e museus. Mendonça insiste no modelo de cooperativas. Por esse caminho, os trabalhadores de cada área se organizariam em cooperativas autônomas, que seriam contratadas pela secretaria para prestar serviços. Mas os funcionários resistem a essa idéia. Argumentam que isso significa a privatização da atividade cultural e traz problemas jurídicos no momento da contratação. "Essa é uma visão equivocada. O coordenação da atividade cultural vai permanecer nas mãos da secretaria. Só que, em vez de contratar funcionários através do Baneser, vamos contratar várias cooperativas", afirma Mendonça. Enquanto o impasse permanece, a secretaria tenta ganhar tempo. Embora negue oficialmente essa estratégia, Mendonça tenta atrasar ao máximo as demissões. Disse a assessores que pretende ser a última secretaria a romper o contrato com o Baneser. Texto Anterior: Vitae divulga escolhidos para bolsas de 95 Próximo Texto: Aracy Amaral assume a direção do departamento de museus de SP Índice |
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