São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995 |
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Tucanos se mobilizam para garantir mandato
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O senador Dario Pereira (PFL-RN), um dos presentes à reunião de líderes conduzida ontem por Lucena, deixou o local comentando que o líder do PSDB na Câmara, Artur da Távola (RJ), estava orientando a bancada a votar a favor da anistia ao presidente do Congresso.A decisão de FHC de não vetar a anistia (leia reportagem à página 1-7) contou, portanto, com a anuência do partido. Naquele exato momento, por 13 votos a 9, numa reunião Informal, os tucanos decidiam apoiar o projeto. O dia Ansioso por informações sobre a votação de sua anistia na Câmara, o senador Humberto Lucena (PMDB-PB) chegou a abandonar a reunião de líderes por 20 minutos, ontem pela manhã, para atender a um telefonema de um deputado. A condução da reunião –na qual foram discutidos temas importantes como o projeto de concessões e a MP tributária– foi entregue ao líder do PMDB, senador Mauro Benevides (PMDB-CE). Naquele momento, o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, fazia uma exposição sobre a importância da aprovação da MP que eleva os impostos das empresas. Segundo Benevides, Lucena comentou que a anistia seria aprovada "por expressiva maioria". "Seu rosto irradiava otimismo após o telefonema", disse o senador. Benevides não soube informar com quem Lucena conversou. "Sei apenas que foi um dos líderes na Câmara". Lucena chegou ao plenário do Senado pouco antes das 16h e assumiu a condução da sessão. A seu lado, um assessor lhe passava o telefone de tempos em tempos. Quando a Câmara começou a encaminhar a votação da anistia, às 18h, o senador abandonou o Congresso, entrou no carro e foi para casa esperar o resultado. Texto Anterior: Câmara anistia Lucena por 253 a 110 votos Próximo Texto: Sindicato contesta reajuste Índice |
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