São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995 |
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Amadorismo dá vez a empresários e procuradores na Copa São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL A inexperiência não é mais uma característica dos jogadores que disputam a Copa SP de Juniores.Na sua 26ª edição, o torneio apresenta jogadores que, apesar da pouca idade (no máximo 20 anos), já possuem procuradores, empresários, valores de passe fixados e contratos no exterior. O meio-campo Sandro, do Palmeiras, é o maior exemplo. Avaliado em US$ 100 mil, o passe do jogador é do empresário japonês Nautaka Honda, do Garça. "Meu desejo é continuar no Palmeiras. Mas se não der, já tenho tudo acertado e vou para o Japão", afirmou. No Corinthians, três jogadores estão emprestados e têm seus passes fixados em valores altos. Os dirigentes corintianos já estudam uma forma de contratar o atacante Webster, que veio do Rio Branco de Americana (SP) e já marcou dois gols na Copa. O time do interior pede R$ 500 mil pelo atleta. O Corinthians tenta reduzir o preço, além da incluir alguns jogadores no negócio. Os altos preços pedidos pelos dirigentes algumas vezes frustram jogadores que gostariam de atuar em clubes de melhor estrutura. O goleiro Nivaldo, 19, do Corinthians, quase abandonou a carreira no final do ano passado. "Fixaram meu passe em US$ 300 mil. É muito dinheiro para se gastar com um jovem que está iniciando a carreira", afirmou o jogador, que tem seu passe preso ao União Bandeirante, do Paraná. "Uma chance de jogar em um time como o Corinthians surge só uma vez na vida", disse Nivaldo. O meio-campo Éderson, que veio do Grêmio, também tem seu passe fixado em US$ 300 mil. Segundo a diretoria, Nivaldo e Éderson também têm chances de continuar no Corinthians. O atacante Dodô está emprestado ao São Paulo e tem seu passe fixado em US$ 200 mil. O jogador é do Nacional e, segundo Sérgio Bragança (responsável pelas categorias inferiores do São Paulo), deve ser contratado. Texto Anterior: Flamengo contrata Branco Próximo Texto: Criciúma é único time 'estrangeiro' Índice |
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