São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995 |
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Reservas são abrigo dos 'cinco grandes'
MANOEL DIRCEU MARTINS
Os mais famosos deles, como o Masai Mara e Tsavo, na fronteira com a Tanzânia, ou Samburu, ao norte de Nairóbi, são hábitats naturais dos chamados "cinco grandes": leão, elefante, rinoceronte, búfalo e leopardo. Os safáris organizados por companhias especializadas são a forma mais segura de se aproximar do mundo animal e parte imprescindível de qualquer viagem ao leste africano. O Quênia possui uma das maiores e mais variadas populações animais da África. Quem é que não se empolga com a idéia de levantar cedo, tomar um café preparado na fogueira do acampamento e sair à procura de felinos e espécies raras, enquanto o sol se levanta por trás dos rebanhos de impalas e gazelas? O amanhecer na savana é um espetáculo que compensa todos os incômodos de pernoitar no meio do mato. O melhor do safári acontece nas primeiras horas do dia ou ao anoitecer, quando a vida selvagem está especialmente em ação. Os rinocerontes, por exemplo, já em curso de extinção, são mais facilmente avistáveis antes das 7h, enquanto as pastagens ainda estão cobertas pelo sereno da noite. O sol a pino equatorial estressa os contrastes e torna os motivos achatados, a luz do meio-dia é imprópria para o registro de imagens. Às 17h, as primeiras brisas frescas devolvem vida à paisagem.Tudo se movimenta em nome da lei da sobrevivência. Para quem costuma andar acompanhado da sorte, esta é a hora mais provável de presenciar os predadores em perseguição às presas. Ao anoitecer, quando o sol esturricante da zona equatorial abranda e tinge de vermelho o horizonte, os elefantes iniciam a procissão de volta às encostas dos morros. Pela manhã, eles estarão mais uma vez a caminho das partes mais baixas do relevo, onde correm os rios ou estancam as poças d'água das últimas chuvas. Na cama de um sofisticado "lodge" ou no saco de dormir de um acampamento de barraca, rememorar um dia como este é o melhor dos pensamentos. Mesmo sem banho e com algumas picadas de insetos pelo corpo. Acompanhar de perto a vida selvagem sempre foi empresa para os puro-sangue. Inclusive entre turistas. Texto Anterior: Pacotes exploram os parques Próximo Texto: Nairóbi une caos urbano e vida selvagem Índice |
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