São Paulo, segunda-feira, 23 de janeiro de 1995
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Sargento morto é tratado como herói

RONALDO SOARES; FERNANDA DA ESCÓSSIA
FREE-LANCE PARA A FOLHA*

O sargento Carlos Augusto Soares Brazuna, 35, foi tratado como herói pelo governador Marcello Alencar e pelo secretário de Segurança, general Euclimar da Silva.
Brazuna morreu na noite de sexta em ação policial em que também morreu Flávio Negão. Ele foi enterrado ontem no cemitério Jardim da Saudade (zona oeste).
O capitão Mário Sérgio, que comandou a operação, disse que o sargento atingiu Negão depois de ter sido ferido pelo traficante.
Alencar afirmou que "é preciso reverenciar os heróis que morreram". Silva disse que Brazuna foi "imolado para que o cidadão carioca possa dormir em paz".
Silva disse no enterro que "está em curso uma mudança de mentalidade na PM para resgatar a dignidade da corporação".
A mudança foi anunciada anteontem por Alencar, que defendeu o "restabelecimento do prestígio de nossa polícia". Os dois não entraram em detalhes.
Brazuna era casado com Ângela Maria Monteiro e tinha dois filhos. Promovido a sargento há quatro meses, recebia R$ 390 por mês.
Segundo uma cunhada de Brazuna, Maria das Graças Monteiro Araújo, a família é sustentada por Ângela, que mantém um centro educacional infantil em Pilares (zona norte). Ela disse que Alencar prometeu ajuda à família.
(RS)

*Colaborou FERNANDA DA ESCÓSSIA, da Sucursal do Rio.

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