São Paulo, segunda-feira, 23 de janeiro de 1995 |
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Banco lucra com clientes mulheres
ESTANISLAU MARIA
A Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Mulher –ou simplesmente, Banco da Mulher– é um banco de financiamento para micro e pequenas empresárias. Segundo seus dados, apenas 2% das clientes deixam de pagar os empréstimos, enquanto os bancos comuns arcam com 8% de inadimplência. "A grande maioria volta para pedir mais empréstimos e aumentar o negócio", diz a coordenadora executiva no Rio Grande do Sul, Beatriz Durval Leite. Quase todos os negócios são com mulheres. "Os homens também têm acesso aos empréstimos, mas não podem passar de 10% do total", diz a gerente administrativa da sede nacional no Rio, Ilma Resplander e Souza. A direção também tem maioria de mulheres. Gerentes e coordenadoras são todas mulheres, incluindo Cristina Pimenta, presidente do Conselho Diretor. Dos 29 membros do Conselho Fiscal, só 3 são homens. O Banco da Mulher financia pequenas quantias para pessoas que querem começar um negócio, mas não têm estrutura financeira ou jurídica. Com isto, costureiras, cozinheiras, cabeleireiras ou agricultoras conseguem empréstimos para desenvolver sua atividade. Entre as clientes do banco, a maior parte de financiamentos são para indústria e comércio, principalmente confecção e alimentação. No Banco da Mulher do Rio Grande do Sul –cujos dados são mais atualizados–, 44% dos empréstimos foram para a indústria e 40% para o comércio. O Banco da Mulher foi criado pela ONU em 1979 e chegou ao Brasil em 1984. Está hoje presente em sete Estados –Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Nos últimos cinco anos, emprestou U$ 2 milhões a mais de 9.000 negócios. Cerca de 74 mil pessoas receberam, além dos empréstimos, cursos de capacitação gerencial, noções empresariais e assessoria para organização de feiras. BANCO DA MULHER – Escritório central: rua da Candelária, 9, sala 401, Rio. Telefone: (021) 233-6168 Texto Anterior: Montagem de palco começa e reúne cerca de 400 pessoas Próximo Texto: Grupo Gay da Bahia defende bispo punido Índice |
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