São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 1995
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Multiplicação rápida do HIV cria mutantes dentro do organismo

DA REDAÇÃO

O vírus da Aids se multiplica tão rapidamente que podem surgir formas mutantes dentro de um único organismo infectado.
A conclusão é de John Coffin, que sugere no artigo um novo modelo de infecção do HIV no ser humano. Seu trabalho está sendo publicado hoje pela revista "Science".
"Isso significa que um tratamento muito precoce é desejável, antes do início da variação viral", disse o pesquisador em entrevista à Folha.
"Quanto antes a droga ou combinação de drogas atacar, maior a chance de que não sobreviva nenhum vírus mutante."
Segundo o cientista, já foi registrada resistência parcial ou completa do HIV a todas as drogas usadas ou seriamente consideradas como candidatas ao uso contra o vírus.
Baseado em resultados de pesquisas recentes e em dados ainda não publicados, Coffin conclui que não existe período de dormência entre a infecção pelo HIV e o início dos sintomas da Aids.
"O que ocorre nessa fase é um equilíbrio dinâmico. O vírus, instalado em nódulos linfáticos, se reproduz velozmente, mas o sistema imune está consegue combatê-lo."
Quando o sistema imunológico, sobrecarregado, não consegue manter i equilíbrio, ele acaba sendo dizimado pelo vírus. Cai o número de células de defesa, e a doença se instala.

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