São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995 |
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Coreano critica blocos econômicos Kim é candidato à direção da OMC FERNANDO GODINHO; LILIANA LAVORATTI
Seu principal oponente é o ex-presidente mexicano, Carlos Salinas, que vem sendo apontado como responsável pelo fracasso do plano de estabilização. Kim considera seus aliados os países asiáticos, africanos e Oriente Médio. Em entrevista à Folha, o embaixador para assuntos comerciais internacionais da Coréia do Sul afirmou que a formação de blocos econômicos discrimina os países não envolvidos. Após giro pela América do Sul, Kim veio ao Brasil para tentar reverter a posição do país, favorável a Salinas. A seguir, os principais trechos da entrevista: Folha – Quais as diferenças entre sua candidatura e a do ex-presidente mexicano? Chulsu Kim – O Salinas também vem de um país em desenvolvimento. Mas a Coréia é mais importante no comércio internacional. Movimentamos neste setor cerca de US$ 200 bilhões e, se não estou enganado, o México movimenta só US$ 40 bilhões. Outra diferença: não venho de um país que faz parte de bloco econômico. Folha – É cada vez maior a tendência de formação de blocos econômicos. Qual sua opinião sobre estes blocos? Kim – Esta regionalização contribui para a economia mundial liberalizando o comércio. Mas, ao mesmo tempo, discrimina as nações que estão de fora dela. Folha – A prática do dumping é um problema internacional. Como resolver? Kim – Devem ser adotadas as regras que impedem a utilização da legislação antidumping como forma de protecionismo. Mas há casos de dumping que são legítimos. Folha – Como exemplo? Kim – Se um país consegue exportar seus produtos reduzindo seus custos domésticos, isto é aceitável. No caso da indústria têxtil brasileira, o governo deve fazer uma ampla investigação e verá que não se trata de dumping. (Fernando Godinho e Liliana Lavoratti Texto Anterior: OMC submete Mercosul ao 1º teste internacional Próximo Texto: Saiba quem é Chulsu Kim Índice |
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