São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Partidos vão divididos à reunião com FHC
LUCIO VAZ; DANIEL BRAMATI
O encontro será o terceiro promovido pelo Palácio do Planalto com os partidos que compõem a base governista no Congresso para debater mudanças na Constituição. Está previsto uma reunião inicial com os ministros José Serra (Planejamento), Pedro Malan (Fazenda), Reinhold Stephanes (Previdência) e Nelson Jobim (Justiça). Em seguida, os congressistas devem ser recebidos por FHC. O PTB está em crise por causa da disputa pela presidência do partido entre as alas do ministro José Eduardo Andrade Vieira (Agricultura) e pelo ex-governador de Minas Gerais Hélio Garcia. Os petebistas também estão divididos em função da indicação do partido para a 2ª secretaria da Mesa da Câmara. Cobiçam o cargo os deputados Rodrigues Palma (MT), Francisco Rodrigues (RO), Leopoldo Bessone (MG) e José Rezende (MG). Temendo que Andrade Vieira, presidente licenciado do partido, tente impor o ex-governador João Elísio Ferraz (PR) para o cargo, as bancadas paulista e mineira articulam o nome de Garcia. O deputado Nelson Marqueezelli (SP) afirma que estão garantidos quatro votos de São Paulo e sete de Minas para Garcia. Já o deputado Philemon Rodrigues (MG) diz que o ex-governador só aceitará o cargo se houver consenso no partido. O deputado Paulo Cordeiro (PR) afirma que Andrade Vieira não pretende deixar a presidência do partido. E avisa: Se quiserem forçar a barra, temos um nome para vencer a disputa, o ex-governador João Elísio. O atual presidente do PTB é Rodrigues Palma. Seu cargo é cobiçado por ter direito a participar do Conselho Político do governo. A disputa interna no PP se dá em torno da liderança do partido na Câmara. A escolha do titular do cargo, prevista para ontem, teve de ser adiada por causa do excesso de candidatos. "Há quatro postulantes, e talvez surja um quinto", disse o presidente do partido, Álvaro Dias. O PP ainda não elaborou sua lista de propostas para a reforma da Constituição. "Há temas sobre os quais não há consenso", afirmou Dias. Entre as prioridades do PTB e do PL está a limitação do uso de medidas provisórias, tema não interessa ao governo. Texto Anterior: Crise do papel leva diário a adotar plano de contenção Próximo Texto: Guerra sem crédito Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |