São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995 |
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Tensão marca as ruas da capital equatoriana
FERNANDO CANZIAN
É grande a presença de militares na capital. A pé ou em viaturas eles patrulham as principais ruas da cidade armados com fuzis e metralhadoras. Várias escolas e repartições públicas estão sendo usadas como unidades de apresentação de reservistas. Ontem, centenas de jovens formavam filas nesses locais. Nas regiões fronteiriças com o Peru as aulas foram suspensas. O país está sob estado de emergência e lei marcial. Os reservistas que não se apresentarem podem ser punidos com até três anos de prisão, assim como as pessoas que se recusarem a colaborar com os pedidos das Forças Armadas. Mas a população de Quito, assim como a de outras cidades, parece confiante e exibe sinais de apoio à ação militar contra o Peru. Bandeiras Dezenas de janelas amanheceram ontem em Quito com a bandeira amarela, azul e vermelha do Equador pendurada em sinal de apoio. Viaturas militares também eram saudadas nas ruas com buzinas e aplausos de pedestres. Em cidades do interior e em Guayaquil, a segunda maior, houve passeatas e manifestações religiosas (o país tem maioria católica) por causa do conflito. Em Quito, dezenas de pessoas voltaram a se reunir ontem em frente ao Palácio Carandolet, sede do governo. Centenas de estudantes se concentraram diante do palácio. Eles gritavam: Queremos armas. O presidente equatoriano falou pelo menos três vezes a milhares de pessoas reunidas diante do palácio. (FCz) Texto Anterior: Equatoriano admite superioridade do Peru Próximo Texto: Vice viaja para os EUA Índice |
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