São Paulo, domingo, 1 de outubro de 1995 |
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Drama brasileiro não convence
JOSÉ GERALDO COUTO
Uma boa idéia. Só que, por motivos financeiros e operacionais, o projeto original -que previa locações na Cidade do México, Havana, Buenos Aires e Rio- restringiu-se a México e Rio. O que se vê então são fragmentos de 15 melodramas mexicanos e só dois argentinos. O filme brasileiro é ``Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha, que passa longe do melodrama. E o drama ficcional que amarra tudo é ralo e inconvincente. Um ator e diretor teatral (Raul Cortez) é atormentado pela lembrança do dia em que sua mãe (Christiane Torloni) se suicidou, depois de assistir a um filme. Ele decide então sair à procura do filme que teria motivado o suicídio. Junto com um jovem pesquisador de cinema e seu admirador (André Barros), ele parte para a Cinemateca da Universidade Autônoma do México. Não se entende com que elementos os pesquisadores descobrem o ``filme assassino". À parte isso, os trechos de melodramas são exibidos sem critério e sem identificação (a não ser por um letreiro no final do filme), enquanto discursos perfeitamente acadêmicos ``explicam" a função social do melodrama.(JGC) Texto Anterior: Documentários contam história do cinema Próximo Texto: Três brasas, mora Índice |
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