São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995 |
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Incra deve usar áreas produtoras de maconha
EMANUEL NERI
A maior parte dessas fazendas (180) fica em Pernambuco e Mato Grosso. Graziano disse que nem todas serão utilizadas para reforma agrária porque algumas não seriam boas para agricultura. O presidente do Incra ainda não sabe a área total das fazendas. Graziano disse também que terras pertencentes ao Exército podem ser utilizadas para a reforma agrária. Uma dessas áreas é o Campo de Instrução de Formosa (GO), de 104 mil hectares. ``Não afasto a possibilidade de parte dessas terras serem usadas para reforma agrária", afirmou. O deputado Augusto Carvalho (PPS-DF) afirma que o Exército arrendou parte dessas terras para grandes proprietários. Anteontem, o ministro do Exército, Zenildo de Lucena, afirmara que terras de sua pasta não seriam utilizadas na reforma agrária. ``Cada ministério vai nos encaminhar suas alternativas para a reforma agrária, cedendo terras ou ajuda e apoio", afirmou Graziano. Graziano reuniu-se ontem com o ministro Nelson Jobim, da Justiça, e com secretários estaduais de segurança. Anunciou uma série de medidas para evitar conflitos durante o cumprimento de ordens de reintegração de posses de terras. A partir de agora, os governos estaduais darão publicidade ao cumprimento dos mandados judiciais. O objetivo, diz Graziano, é dar tempo para a intermediação e assim evitar conflitos como o de Corumbiara (RO). Graziano estará em São Paulo na sexta-feira para definir o assentamento de sem-terra no Pontal do Paranapanema. Texto Anterior: Sindipetro-RJ registra protesto Próximo Texto: Darcy propõe emenda para conter o MST Índice |
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