São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995 |
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MEC distribui jornal com três meses de atraso e manchete velha
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O MEC (Ministério da Educação) começou a distribuir há duas semanas, com três meses de atraso, a edição de junho do seu jornal, que deveria chegar todos os meses a escolas, Congresso e órgãos públicos.A manchete da edição de junho do ``Jornal do MEC" dizia: ``TV Escola entra no ar em setembro". O atraso deixou a notícia velha. Quando os jornais saíram, em 18 de setembro, os programas de capacitação de professores já tinham começado havia 14 dias. O jornal publica também foto de João Batista de Oliveira, então secretário-executivo do ministério, ao lado do ministro Paulo Renato Souza (Educação). Só que Oliveira deixou o cargo em 25 de junho. A editora do jornal, Tânia Viegas, diz que o ministério é parcialmente responsável pelo atraso, mas culpa a gráfica pela demora. O dono da Gráfica Valci, Valci Teixeira, nega: ``Não temos por que ficar com os jornais mais do que 15 dias aqui". O ``Jornal do MEC" tem 16 páginas e tiragem de 10 mil exemplares, ao custo de R$ 4.720 (R$ 0,47 o exemplar) para a parte gráfica. A distribuição pelo Correio custa R$ 1.000, e as reportagens são produzidas por jornalistas da assessoria de imprensa, que têm outras atribuições. O valor cobrado pela Gráfica Valci é considerado baixo para o mercado de Brasília. Um levantamento feito pela Folha encontrou orçamentos de R$ 5.200 a R$ 21.900 para o mesmo tipo de serviço. O ministro Paulo Renato diz que, se o jornal não existisse, teria criado um. ``Espero que o `Jornal do MEC' seja uma referência da imprensa para pautas. O ministro da Educação deve aparecer pouco nas edições, ou não aparecer." Texto Anterior: Almodóvar participa de mostra em São Paulo Próximo Texto: Comerciante é ferido em roubo em Sacomã; Explosão fere 4 em laboratório no Rio Índice |
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