São Paulo, sábado, 7 de outubro de 1995 |
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Serra diz que juros altos são passageiros
CARLOS MAGNO DE NARDI
Durante discurso, Serra disse que as altas taxas são passageiras e não se prolongarão até o final do mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. ``Não imaginem que a taxa de juros altíssima continuará indefinidamente", disse. Segundo ele, as taxas praticadas hoje fazem parte da busca da estabilidade, prioridade número um do governo Fernando Henrique Cardoso. O ministro do Planejamento participou da cerimônia representando o presidente da República. Serra, porém, reafirmou que é um equívoco imaginar que a luta contra a inflação está encerrada. ``Precisamos de mais dois ou três anos para firmar a vitória sobre a inflação. A estabilidade é essencial para a justiça social." Serra elogiou a contribuição dada pela indústria paulista e brasileira à estabilidade econômica. A prova seriam os preços industriais, no primeiro ano do real, cresceram em média apenas 12%, menos da metade do IGP (Índice Geral de Preços), de 26%. O ponto do discurso mais aplaudido pelos empresários presentes foi a necessidade de redução dos gastos públicos. ``O problema das contas públicas pressupõe a contenção das despesas e daí a prioridade à reforma administrativa e previdenciária." Privatização Serra voltou a defender o ritmo das privatizações no governo Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, a venda de estatais não pode ser apressada, numa resposta à crítica de que o governo FHC estaria agindo com lentidão. Na sua opinião, a privatização tem que ser feita com o cuidado necessário para uma administração ``satisfatória" dos serviços públicos, prioridade do governo FHC. Texto Anterior: Ferreira quer reforma Próximo Texto: Simonsen nega risco de recessão Índice |
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