São Paulo, sábado, 7 de outubro de 1995 |
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Bolsas têm alta com reajuste das tarifas
RODNEY VERGILI
O mercado espera o reajuste das tarifas de olho no aumento da rentabilidade das estatais e no processo de privatização. Ontem, foi aprovado o aumento das tarifas postais. O índice da Bolsa paulista registrou alta de 0,35% e o indicador Senn (Rio) apresentou valorização de 0,8%. O ministro Malan apresentou ontem indicadores para mostrar que a economia está melhorando, e as Bolsas reagiram de forma favorável ao anúncio de queda das falências e concordatas em São Paulo. O secretário de Acompanhamento Econômico, Luiz Paulo Vellozo Lucas, reafirmou ontem que o objetivo do governo é uma reestruturação global das tarifas públicas. A proximidade do vencimento do mercado de opções (dia 16) na Bolsa paulista e no índice Bovespa da Bolsa de Mercadorias & Futuros (dia 18) agita, também, o mercado acionário. O volume de negócios na Bolsa paulista foi de R$ 241,13 milhões ontem, contra R$ 213,30 milhões no dia anterior. As Bolsas nacionais acompanham a valorização nos mercados externos. O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York registrou alta de 0,14% e o indicador Nikkei da Bolsa de Tóquio apresentou valorização de 1,57%. As cotações do dólar ficaram estáveis ontem. O Banco Central não realizou leilões de compra de dólar. O saldo cambial (entradas menos saídas de dólares) já acumula US$ 870,96 milhões no mês até o dia 5. No mercado de renda fixa, o Banco Central voltou a reduzir os juros do mercado financeiro. A rentabilidade projetada do over para o mês caiu de 3,09% no dia anterior para 3,07% ontem. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,068%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 4,31% para dias úteis, significando rendimento de 3,07% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 4,28% para dias úteis, o que significou rentabilidade de 3,05% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 2,4314%. CDBs prefixados de 31 dias negociados ontem: entre 22% e 36,5% ao ano. CDBs pós-fixados para 123 dias entre 15% e 17% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,58% ao mês, projetando rentabilidade de 3,99%. Para 31 dias (capital de giro): entre 38% e 85% ao ano. No exterior Prime rate: 8,75% ao ano. Libor: 5,75% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 0,35%, fechando com 45.146 pontos e volume financeiro de R$ 241,13 milhões. Rio: valorização de 0,8%, encerrando a 19.903 pontos e movimentando R$ 13,67 milhões. Bolsas no exterior Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com 4.769,21 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.612,90 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou a 18.506,28 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,958 (compra) e R$ 0,959 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,9575 (compra) e por R$ 0,9585 (venda). ``Black": R$ 0,948 (compra) e R$ 0,953 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,951 (compra) e R$ 0,954 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,930 (compra) e R$ 0,963 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: alta de 0,17%, fechando a R$ 11,70 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 5 foi positivo em US$ 482,55 milhões. As entradas financeiras superaram as saídas de dólares em US$ 388,41 milhões. O saldo total está positivo em US$ 870,96 milhões. No exterior Segundo a ``UPI", ontem, em Londres, a libra foi cotada a 1,5813 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4260 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 100,29 ienes. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para outubro fechou a 3,03% no mês e para novembro a 2,85% ao mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para outubro ficou a 45.400 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para setembro fechou a R$ 0,964 e a R$ 0,973 para outubro. Texto Anterior: Mais empresas dão reajuste salarial antes Próximo Texto: Capital produtivo é prioridade, diz FHC Índice |
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