São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 1995
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"Visual Basic" explora recursos do "Win95"

MARIA DA GRAÇA PIMENTEL
SANDRA MARIA ALUISIO

MARIA DA GRAÇA PIMENTEL; SANDRA MARIA ALUISIO; MARCIO ALEXANDRINO; ROBERTO FIGUEIRA SANTOS FILHO
ESPECIAL PARA A FOLHA

As ferramentas RAD (Rapid Application Development) são utilizadas para estender as capacidades das ferramentas de desenvolvimento de protótipos, uma vez que permitem que eles sejam desenvolvidos até se tornarem aplicações com funcionalidade completa. O "Visual Basic" fornece excelentes recursos para o projeto de interfaces, e o projeto e desenvolvimento de aplicações, inclusive com facilidade para manipular bases de dados.
Em relação ao projeto de interfaces, o "VB4" fornece ao programador uma barra de ferramentas, pela qual são selecionados os objetos da interface, como "buttons e barras de rolamento.
Desse modo, para criar uma tela de um projeto, os objetos desejados são selecionados na barra de ferramentas e então posicionados na tela. Para o projeto da aplicação associada, é necessário que esses objetos respondam a "eventos".
No "Visual Basic 4.0" ("VB"), os programas são escritos, com facilidade, na linguagem "Visual Basic Application (VBA) 2.0", utilizando um editor que verifica a sintaxe da linguagem, destaca os elementos representativos da sintaxe em tempo de edição e permite que eles sejam apresentados em cores personalizadas.
A Base de Dados nativa do "Visual Basic" é a mesma do "MS Access". Além disso, é possível trabalhar com outras bases, como "FoxPro" e "DBase".

Inovações na versão 4.0
O "VB4" veio fazer concorrência ao "Borland Delphi", a única RAD para "Windows" que permitia a criação de aplicações cliente/servidor. Com RDOs (Remote Data Objects) é possível, de maneira fácil e eficiente, realizar consultas assíncronas e ter acesso a dados de entrada/saída, gerados por outros procedimentos.
A versão 1.0 utilizada no "VB 3.0" evoluiu para "Visual Basic for Aplications Language 2.0", hoje utilizada não apenas no "VB 4.0", mas também em todos os aplicativos de desenvolvimento do "MS Office para Windows 95".
Algumas melhorias no "VBA 2.0" são os comandos "With... End With", "For Each ... Next", o objeto Collection para coleções de objetos de tipos distintos e o caractere de continuação de comando na linha seguinte.
O "VB 4.0" ainda não gera código executável, como o faz seu concorrente "Delphi".
Os VBx no "Visual Basic 4.0 VBxs (Visual Basic custom controls)" são bibliotecas de código compilado para ambiente "Windows". A mudança mais importante no "VB 4.0" é que o suporte ao VBx deu lugar ao OCx que são servidores de objetos OLE, que podem ser embutidos em quaisquer aplicações "Windows 95".
Entretanto, para as VBx que acompanham o "VB 3.0", foram criadas OCx equivalentes, e o "VB 4.0" realiza conversão automática da referência a uma VBx para sua OCx correspondente em tempo de carregamento de projeto.
O "VB 4.0" suporta compilação condicional, pois permite que comandos ñIF .. ñENDIF sejam utilizados nos programas. Isso permite, por exemplo, embutir códigos específicos de uma dada plataforma (por exemplo, 16 ou 32 bits) em uma aplicação.
A automação OLE possibilita que qualquer aplicação controle objetos construídos por outras aplicações.
Permite, ainda, que o ambiente de desenvolvimento "VB 4.0" seja facilmente estendido por "add-ins", bibliotecas de formulários e wizards.
Add-in é um servidor OLE que pode ser importado para dentro do ambiente "VB". Já um Wizard (mago em inglês) é um aplicativo que auxilia a execução de tarefas metódicas e de certa dificuldade.
Um Object Browser permite visualizar todos os objetos do sistema e inserir na biblioteca global as classes criadas pelo programador.

Colaboraram MARCIO ALEXANDRINO e ROBERTO FIGUEIRA SANTOS FILHO, alunos do curso de graduação em computação do SCE-ICMSC-USP.

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